Amy Yoes
Escultura de ferro pintado que faz lembrar um molde gigantesco de uma capitular de um códice medieval, evocando o vocabulário barroco português.
Amy Yoes cresceu em Houston, Texas e viveu em Chicago onde estudou na School of the Art Institute of Chicago. É uma artista multifacetada, que utiliza alternadamente a pintura, fotografia, o filme e a escultura. O seu interesse na linguagem decorativa e nos detalhes arquitectónicos está presente em todo o seu trabalho, que toma como base a tradição histórica e a atitude estética do barroco.
Cursiva representa um retomar da escultura no percurso da artista. Funciona como um gigantesco molde de um carácter tipográfico e/ou a tridimensionalização de uma capitular de um códice medieval. A sua escala de realização garante o sentido labiríntico que essas letras continham.
Podemos entrar na forma e percorre-la, rodeá-la e tentar escalá-la, perdemo-nos e escondemo-nos, ganhamos em cada movimento perspectivas internas diferentes e novos enquadramentos exteriores. O nosso movimento garante o movimento da própria obra. Em vez de ser a peça de um jogo articulável (de um puzzle infantil) que nós pudéssemos mover, tornamo-nos nós as peças em movimento, peões de um jogo gigantesco - o que se joga entre a obra e a paisagem urbana, entre a obra e a sua função urbana