Fabrice Hybert
69 figuras humanas em resina e aço inoxidável, crivadas de jactos de água tornam este fontanário público muito original. São‘metáforas’ de uma escultura geral do biótipo humano.
Fabrice Hybert nasceu em 1961 em Luçon, em França.
É um artista de renome internacional. Trabalha em pintura, escultura, instalação e vídeo. Expõe pela primeira vez em Nantes, sob o título "Mutação". Em 1989 nasce a obra pública para a cidade de Bessines - "Homem de Bessines" - pequeno homem verde de 86 cm de altura - personagem imaginária, de silhueta familiar e desenvolta, mas ao mesmo tempo de aspecto extra-terrestre. Instalados sobre a água, os Homens de Bessines são também uma fonte, ao lançar água por todos os seus onze orifícios corporais. Depois de 1989 invadirão pouco a pouco as cidades em França e no mundo.
Nas palavras do próprio artista: “Com o Homem de Bessines, a ideia foi qualificar a obra pública como mobiliário artístico e, ao mesmo tempo, como máquina agrícola. O que difunde a obra pública não é apenas um aspecto visual e estratégico, mas também viral. Era-me necessário invadir fisicamente a comunidade, tornando-a assim na própria paisagem modelada na obra. Cada elemento designa um mesmo lugar, mas multiplicado – o lugar é aqui o Homem de Bessines, em funções sempre diferentes, funções no sentido comunitário. Nós somos confrontados exclusivamente com a função e nunca com o lugar da encomenda. Esta atitude gera novas regras. O arcaísmo do Homem de Bessines é uma invenção. O desejo de ficção não deixa de ter consequências: deveria ser o ponto de partida da pesquisa do modelo pós-imagem. Sem dúvida que ele existe e doravante temos os meios de o encontrar e de o identificar, noutro lugar, em todos os lugares.”
Fabrice Hybert valoriza o trabalho do artista como realizador, empreendedor e mediador. Sempre com vários projectos ao mesmo tempo, ele multiplica as suas obras como rizomas, inspirando-se não só na forma como se desenvolvem os sistemas celulares dos organismos vivos mas também nos sistemas de fluxo irrigadores, transbordantes...
O próprio artista sugere que o seu trabalho explora "o enorme reservatório do possível".
Em 1994 criou a UR (Unlimited Responsibility), uma organização com o objectivo de criar links entre os artistas e as empresas.