Estratégia Ambiental

A Parque EXPO definiu uma estratégia de intervenção no domínio do ambiente que esteve presente nas várias fases de desenvolvimento do projeto, desde os estudos prévios que deram origem ao Plano de Urbanização, até às diversas fases de execução da obra.

A estratégia adotada teve como primeiro objetivo oferecer aos futuros utentes do Parque das Nações um enquadramento urbanístico, paisagístico e ambiental favorável ao reencontro com a natureza, nomeadamente na utilização de uma frente rio com cinco quilómetros de extensão.

Assim, no ordenamento paisagístico e urbanístico, salvaguardaram-se as áreas de maior sensibilidade ambiental, para criar um enquadramento urbano de elevada qualidade, com total fruição dos espaços verdes e do uso livre da frente ribeirinha. Os percursos a pé foram privilegiados, criando grande capacidade de estacionamento e incentivando o uso do transporte público.

No ordenamento urbanístico, procurou-se ainda racionalizar o consumo de energia, tanto pela conceção dos edifícios como pela exploração de um Sistema Centralizado de Distribuição de Frio e de Calor, que se estende a todo o Parque das Nações. A opção pela utilização deste tipo de infraestruturas amigas do ambiente que, sendo inovadoras em Portugal, estão implementadas com sucesso noutras cidades da Europa, foi uma constante ao longo do desenvolvimento do Plano de Urbanização.

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Para além do Sistema Centralizado de Distribuição de Frio e Calor, o qual utiliza como combustível gás natural e apresenta rendimentos energéticos consideravelmente superiores aos sistemas de climatização clássicos, outros sistemas inovadores foram implementados, como o Sistema Automático de Recolha de Resíduos Sólidos, com o qual é possível remover os lixos, evitando a existência de contentores ou o atravessamento da zona por camiões, pois está equipado com duas bocas de deposição distintas: uma para resíduos orgânicos e outra para resíduos inorgânicos. A seletividade é multiplicada, bastando para isso estabelecer regras e horários de deposição de resíduos no sistema.

Uma rede de telecomunicações, utilizando fibra ótica, permite suportar serviços tradicionais, como a transmissão de voz, fax, dados e imagens, mas também serviços de rede inteligente e aplicações que exigem uma maior capacidade de transmissão, como filmes a pedido, televisão digital ou a organização de videoconferências.

A implantação de uma galeria técnica, onde estão instaladas todas as infraestruturas de telecomunicações, de abastecimento de águas, de gás e as condutas dos sistemas de distribuição de frio e calor e de recolha de lixos, contribui para evitar os incómodos advenientes de reparações efetuadas na via pública, como acontece noutras partes da cidade.

Criaram-se ainda dispositivos para reduzir os ruídos, não só a nível de implantação de edifícios mas também mediante utilização de materiais adequados, tendo-se ainda imposto, a nível dos regulamentos dos Planos de Pormenor, o cumprimento do Regulamento Geral Sobre o Ruído.