Sean Scully

Artista da Irlanda, realizou um painel em azulejo, de estética abstracta.

Scully nasceu em Dublin em 1945 e cresceu em Londres, onde estudou no Croydon College of Art e na Universidade de Newcastle. Foi nomeado para o Turner Prize em 1989 e em 1993. Exibiu o seu trabalho num grande número de museus e galerias no mundo inteiro.

Pintor-chave da sua geração, o seu trabalho conjuga as tradições dos primórdios do modernismo europeu (Mondrian and Matisse) - nos seus ideais de harmonia e espiritualidade - com o modernismo tardio americano (Pollock and Rothko), na sua ânsia por grandes composições, exprimindo estados de espírito pessoais.

Na segunda metade dos anos 70 os seus quadros reflectem a influência do minimalismo, no seu look frio e redutor, de precisão geométrica. Durante os anos 80 foram gradualmente mudando, tornando-se mais livres, com superfícies texturadas (pela utilização de camadas grossas de tinta) e densos – mas luminosos. Os mais recentes são mais soltos, mais fluidos.

As riscas – simultaneamente pictográficas e uma forma de reorganizar o mundo perceptual e os estados de espírito - marcam presença em todos. Pintadas directamente e espontaneamente em numerosas camadas de tinta, tornam-se uma superfície táctica semelhante à da carne e pele – conferindo-lhe uma intensidade sensual característica.

Scully explorou todas as possibilidades das riscas coloridas, mantendo-se fiel ao princípio de que “a risca é um significado do modernismo.” O seu fascínio pelas estruturas arquitectónicas (nomeadamente paredes) e as construções do nosso ambiente urbano são uma inspiração para a sua pintura abstracta.
 Recentemente começou a utilizar também o padrão de xadrez. Disse, em 2006, "lembro-me de crescer na Irlanda e tudo ser ao xadrez, até o campo e as pessoas."